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«Não se deve querer fazer uma vez mais aquilo que a Natureza já fez perfeito. Não se deve querer parecer verdadeiro pela imitação das coisas.»
George Braque in «Cahiers de G. Braque»

quarta-feira, 22 de abril de 2020

21 de abril: Teatro de sombras





Sara Silva, Teatro de sombras, 2020

Levei algum tempo até concretizar algo. Fui para o escritório, recolhi e levei material, olhava para o que estava à minha volta, fiz umas experiências através do desenho e recorte, procurei cola pela casa toda, fui pesquisar coisas na net, voltei para o escritório e vi um pop-up que tinha realizado uma vez num workshop. Cortei cartolinas com medidas que encaixassem no caderno e desenhei e recortei sobre uma, o meu modelo sentado na sala. Depois foi uma questão de dobrar, cortar e montar o meu pop-up. Eu tinha pensado que ele seria a minha personagem no meu jogo das sombras sobre o papel. Depois foi brincar com os focos de luz. As sombras tomam a tonalidade do papel, tornam-se quentes porque é amarelo vibrante. O amarelo contrasta harmonicamente com a cor complementar da figura. As formas das sombras transformam-se e multiplicam-se, gordas ou estreitas num prolongamento das formas da personagem que sobre determinados pontos de vista também nos dão outras formas tal como as sombras mas esta varia consoante a minha posição.