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--------------------------------* OS DESENHOS DESTE BLOGUE RESULTAM DA OBSERVAÇÃO DIRETA E FORAM FEITOS NO LOCAL *

«Não se deve querer fazer uma vez mais aquilo que a Natureza já fez perfeito. Não se deve querer parecer verdadeiro pela imitação das coisas.»
George Braque in «Cahiers de G. Braque»

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

30º Encontro, USKP Açores Ilha Terceira

30º Encontro, Sketching na Boa Nova
29 fevereiro 2020, 14 horas
Núcleo de História Militar Manuel Coelho Baptista de Lima, Angra do Heroísmo
USKP, Açores, Ilha Terceira

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

57ºEncontro desenho em Diários Gráficos

A Tipografia Micaelense situa-se em Ponta Delgada e existe desde 1957. Existe e quer continuar a existir, com a porta sempre aberta para quem procura conhecer melhor esta arte em vias de extinção. Esta atividade vai ser testemunhada pelos Urbansketchers Açores, apareçam!

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Etiquetas
Nome do Sketchers,
Encontro 57 USkP Açores, 
2020, 
Tipografia Micaelense, 
Ilha de São Miguel,
 Açores

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Desenhar com Bernardim Casaca na Oficina-Museu das Capelas


 Não podia ter havido melhor forma de me despedir mais uma vez da ilha. Foi uma autêntica viajem no tempo, muito agradável com desenhos não muito demorados, como é habito meu. Foi me emprestada uma caneta de quatro cores pelo Bernardim e lá fui eu no desafio, mas não resisti aos outros materiais com que costumo trabalhar. Obrigada a todos pelo encontro, especialmente a si prof Alexandra. Os Urban sketchers Açores (São Miguel) são os melhores! kkkkk 

itat.art






Desenhar com Bernardim Casaca na Oficina-Museu das Capelas


Desenhar com Bernardim Casaca na Oficina-Museu das Capelas


Oficina-Museu das Capelas






No passado fim de semana participei no 56º encontro dos Urban Sketchers Açores, na Oficina-Museu das Capelas. Foi difícil escolher o que desenhar porque haviam tantos espaços repletos de artefactos que nos levavam numa viagem ao passado. No primeiro desenho decidi criar uma composição com alguns desses elementos, explorando valores luminosos e tramas. No segundo desenho concentrei-me na representação de uma carroça, que estava na entrada do museu, utilizando pasteis de óleo. 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Altar dos Santinhos - Oficina- Museu das Capelas 04-01-2020


Era uma vez.... Oficina-Museu das Capelas


Ilha de São Miguel



Boletim de Janeiro 2020



O Grupo Urban Sketchers Açores deu as boas vindas ao ano de 2020 da melhor maneira possível. A pintar, a riscar, a desenhar, a escrever.
Na parte norte da ilha de São Miguel, num recanto “ escondido” de uma das ruas da Vila de Capelas existe a Oficina Museu aberta há mais de 21 anos sob as cuidadosas e carinhosas mãos do Professor Manuel João.
O anfitrião recebeu-nos com a simpatia que o caracteriza e fez as honras da casa.  E era em casa que nos sentíamos. A casa de “outros tempos” – do nosso passado presente, do nosso “hoje”.
Para nos completar e orientar nesse 1º Encontro do ano tivemos o Urban Sketcher Nacional Bernardim Casaca (Valter Pratas) que com os seus conhecimentos académicos e de artista nos deu umas “pistas”. Licenciou-se em Belas Artes no Porto- Pintura, fez Erasmus e depois de concluída a sua formação dedicou-se a outro ramo na sua vida profissional. Em 2014 volta a pintar. Embora não faça vida das artes, respira e vive o desenho, essencialmente o “ desenho técnico” com base nos seus conhecimentos académicos.
Falou-nos da esferográfica das 4 cores. Do desafio entre as cores na mesma caneta, partindo do mais claro para o mais escuro. A figura humana é um grande desafio para ele.
Feitas as apresentações o grupo constituído por bastantes elementos começou a dispersar-se, a visitar e a ficar encantado com o Museu. Muitos já conheciam, outros não.
Em todos os rostos via-se um olhar atento, admirado e saudosista.
Ao entrarmos naquele espaço fizemos rapidamente uma viagem ao passado.
Um corredor claro ladeado de muita luz natural com exposição de presépios de lapinha,  quadros de escama de peixe e registos do santo Cristo são o ponto de partida para a “grande viagem”.
E como ainda vivemos a época natalícia, mais concretamente a festa dos Reis, um presépio tradicional com cheiro a tangerina e com o verde do trigo e da ervilhaca lembra-nos as nossas tradições e os presépios antigos.
Mais uns pequenos passos e a grande aventura começa. Abre-se um espaço a lembrar uma praça com muitas lojas/espaços típicos do nosso passado, do nosso imaginário.
Passado-presente-futuro- uma trilogia que nos acompanhou sempre na nossa visita. Passado por recordarmos o que já vimos e vivemos na nossa infância, presente porque estivemos a vivê-lo agora, e queremos senti-lo de novo e futuro porque queremos e devemos transmitir aos nossos descendentes memórias, valores e tradições ali retratados.
Autênticas ruas estreitas com os números de porta e identificação correspondente.
Começamos pelo sapateiro. Figura muito usada para arranjo de sapatos. Máquinas antigas, moldes de sapatos, tudo parece vivo. Impera o cheiro a lustre tão característico.
Ao lado entramos na tipografia.  Apesar das máquinas antigas estarem paradas, o silêncio delas transforma-se num trabalhar a um ritmo veloz.  Parece que se estão a imprimir jornais e a tinta das letras ainda está fresca. Jornais, tipografias da nossa infância já desaparecidos estão lá presentes e na nossa memória também.
Mais uns pequenos paços e entramos no latoeiro. Formas em ferro variadas, guarda-chuvas, tudo era arranjado e aproveitado.
O cheiro a barro convida-nos a entrar na olaria. Loiças, bonecos de presépio, tudo em cima da bancada feita com uma perfeição de mãos de artesão.
A loja das tradições é um autêntico deslumbramento. Contempla todos os gostos , todos os nossos encantos. Coleções de tudo e para todos desde barcos, latas, presépios, bandeiras, esferográficas, etc.
E como parecia adivinhar-se a hora de almoço, o relógio presente numa das ruas convidava-nos a entrar na cozinha. A cozinha dos nossos avós. Que saudades. A simplicidade das coisas era tão bela. Tudo parecia ter um cheiro tão saudável, tão genuíno. O forno de lenha, o banco corrido de madeira, as loiças, a toalha xadrez. Conseguimos ver, sentir e cheirar o ontem, ali no momento.
Mesmo encostado a taberna onde se juntavam os homens em volta de um balcão de madeira, e sentados em bancos de madeira de roda de pequenas mesas a jogar às cartas. Muito cigarros, bebidas variadas, Um misto de cheiros e sabores.
E como também no passado os nossos avós e os nossos pais se preocupavam com o seu visual, encontramos uma barbearia com cadeiras antigas e lâminas, e as modistas e alfaiates com os seus figurinos, tecidos e chapéus. Tudo feito à medida. Tudo personalizado.
Na oficina de tecelagem faziam-se e ainda se fazem as mantas, os tapetes coloridos. Trabalham-se as lãs.
Viramos para outra rua e ao olhar para a esquerda encontramos um pequeno quintal com plantas e galinhas a cantar. Paramos e pensamos. Isto é mesmo real. Não é um sonho. E era bonito de se ver. Cada sketcher num canto a pintar. Cada qual se identificava com um recanto e passava para o papel os sentimentos.
Mas a viagem ainda ia a meio. Muito comércio por visitar.
Duas lojas completavam-se ao virar da esquina- o ferreiro- muitas ferramentas, ferros de engomar, tudo tão velho como o sinal dos tempos. Tudo com tanta vida. E daí que aparece a liquidadora- a second hand-nome em inglês que hoje em dia teimamos em usar. Nomes que não são nossos. De tudo à venda. Relíquias antigas. Oratórios, cómodas, estátuas, quadros.
O cheiro a papel pairava no ar. A encadernação de cadernos, livros e jornais. Um piano antigo num dos largos parecia tocar sozinho melodias do nosso tempo.
Mais uma simbiose de cheiros confundia-nos a memória. Por um lado, a farmácia com cheiro a medicamentos feitos mesmo ali nos laboratórios. Frascos de todas as medidas, aparelhos de raio x, balanças.
Por outro lado o cheiro vinha da barraca de frutas e hortaliças frescas, bem como a mercearia exibia produtos já desaparecidos ou substituídos por outros mais elaborados e modernos.
O tic tac da relojoaria dos relógios parados no tempo pareciam todos em orquestra trabalhar para os visitantes. E ouvia-se música. Da boa e antiga. Na loja dos instrumentos musicais, registada numa fotos da máquina Kodak.


O tempo da escola é um dos momentos mais marcantes da nossa infância. Desde o preparar a entrada, com a ida à papelaria. A sala de aulas com paredes cobertas de mapas de Portugal e do corpo humano, sob a proteção de um crucifixo e a presença imponente de fotografias dos políticos da época.
O Povo açoriano é conhecido por ser muito religioso. O império mesmo no fundo da rua com a bandeira e coroa do Espirito Santo abençoava os presentes, bem como um altar de Santos desde São Isidoro, a São João, Santa Clara nos protegiam e nos convidavam a voltar sempre. E  é isso que fizemos hoje e vamos fazer sempre. Voltar sempre ao passado, às nossos memórias e tradições. Aclamar as saudades com o nosso presente e com o olhar no nosso futuro.
Feliz Ano Novo para todos os Sketchers com muitos desenhos.



Ana Cristina Arruda©
Boletim USkP Açores| janeiro 2020

domingo, 5 de janeiro de 2020

Desenhar com Bernardim Casaca _ Oficina-Museu Capelas



Depois de muitas tentativas de participar num encontro dos Urban sketchers Açores, nestas férias consegui! Foi uma ótima experiência, apesar de não ser a minha primeira, foi a primeira de 2020 e espero conseguir participar em mais. Foi muito bom reencontrar antigos professores e colegas ilustradores. Apesar de visitarmos uma Oficina - museu, nunca consigo desligar-me do orgânico e do natural, por mais que me fascinem todos os objectos feitos pelo Homem. Na Oficina- Museu encontrei um cantinho ao qual dediquei um pouco do meu tempo.

Oficina Museu_ Capelas





Oficina- Museu


Ilha do Faial