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--------------------------------* OS DESENHOS DESTE BLOGUE RESULTAM DA OBSERVAÇÃO DIRETA E FORAM FEITOS NO LOCAL *

«Não se deve querer fazer uma vez mais aquilo que a Natureza já fez perfeito. Não se deve querer parecer verdadeiro pela imitação das coisas.»
George Braque in «Cahiers de G. Braque»

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Na sequência das diretrizes estabelecidas pela Autoridade de Saúde e pelo Governo dos Açores, relativamente ao esforço nacional de contenção do novo coronavírus (COVID-19) e estando cientes da instabilidade - mundial - da situação de exceção que vivemos, não nos resta outra alternativa que não seja a de evitar situações que ponham em causa a saúde pública. Embora nos Açores a situação pareça estar controlada, tudo aponta para que haja uma segunda vaga desta pandemia em outubro e assim, parece-nos sensato evitar situações que ponham em causa a saúde dos Açorianos e de todos os demais envolvidos no Encontro nacional de Urban Sketchers nos Açores.
Estamos conscientes do impacto que esta decisão tem junto de todos os que já tinham organizado a sua vinda para São Miguel e por isso mesmo procederemos à devolução das cauções já pagas ou ao seu «congelamento» se assim o desejarem.
Os Urbansketchers Açores continuarão a trabalhar para proporcionar um encontro nacional de UrbanSketchers 2021 especial e livre de constrangimentos.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Domingo nas Furnas




Passei o fim-de-semana nas Furnas e aproveitei para representar a paisagem que se deixava ver pelo alpendre da casa.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Oficinas Singulares #02


OFÍCINAS SINGULARES #02 com Isa Silva em livestream no Facebook

À semelhança do desenhar com… este projeto consiste em conversas informais - em Livestream - sobre a prática do desenho.
Nestas sessões -mensais- convidamos um desenhador (entenda-se, praticante de Desenho) para nos falar da sua abordagem e desafiar-nos a desenhar - no/ num local - de acordo com o seu modo de ver.
A conversa será apresentada em direto no Facebook e partilhada no Instagram e no youtube.

Esta parece-nos uma boa forma de aproximar as pessoas de todos o País e além fronteiras e de mostrar o que se faz em caderno.

No dia 1 de agosto (sábado) às 10 horas nos açores/ 11 horas em Portugal continental vamos conversar em direto com Isa Silva e contamos com a vossa presença.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

"Sózinha" no Portinho da Queimada, 2020

Sara Rocha Silva, "Sózinha" no Portinho da Queimada, 2020

Eu andava a desvalorizar o que desenhava. Pensei é falta de cor, é do caderno, é da concentração, é do movimento, mas hoje 16 de julho, 23:53, já olhei com outros olhos. Atribuímos valores simbólicos, afectivos, estéticos, entre outros, conforme por vezes humores,  sensações, emoções, incertezas, padrões, quebras, rupturas, distanciamento, sentimentos, conhecimentos, preconceitos ... Eu já estava a espera. Hoje penso que não posso é parar. Para além do desenho nos ajudar a fixar não só um rasto no caderno de uma passagem que pode nos levar a recordações como uma lembrança que trazemos de uma viagem,  mas também registar na memória o que está à nossa volta com outra facilidade, por exemplo eu sou muito má em afixar os nomes dos lugares e orientação no espaço, é como se fosse numa viagem de carro observando pela janela como quem vê um filme. Não sei o que fica a norte e a sul porque não é o que me interessa mais, mas acho que o facto de desenhar ajuda-me a prestar atenção de um modo diferente, mais focada, talvez por olhar e reolhar para uma região ou me levar a perguntar, mas como se chama esse lugar, mas isso parece aquilo ou acolá por comparação, entre outros, como uma análise, uma análise que não pára logo a seguir ao desenho dado como (in)acabado, mas que continua quando olho para ele e para outros que não se limitam a esses registos gráficos mas a todos os outros e muito mais. No entanto, isso também é fruto de um presente que por sua vez se liga a um passado e futuro talvez de expectativas, idealizações, medos,  ou falta deles até, também eles ligados.
Estou dizendo essas coisas para tal como o desenho, eu ter um registo, dessa vez de um pensamento que até pode vir mudar ou a crescer. Isso pode não soar a novo, mas às vezes é preciso para o organizarmos ou até mesmo para não esquecer como quem sublinha uma frase que gosta de um livro.


Em relação ao desenho foi feito em mais um dia no Portinho da Queimada, estava "sózinha" e penso que foi no dia 14 de julho, já que foi depois da partida dos meus pais, dia em que recebi um novo caderno e antes do churrasco.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Sobre o colchão, S.Jorge, 8 de julho de 2020

Sara Rocha Silva, Sobre o colchão, S.Jorge, 8 de julho de 2020

Hoje o dia esteve nublado, então fomos almoçar ao Topo e lanchar às Velas. Também estamos cansados e até soube bem. Todos escaldados do sol e há quem até esteja desfigurado. Faz lembrar um rapaz cão de uma série. Ao almoço encontramos o Helder e a Andreia (ups! Débora). Conversamos e foi muito agradável. O Helder é o Sr. do barco. Em breve vamos fazer um novo passeio pelo mar. Há hora do lanche passou o Eldon Coquete no carro dos bombeiros. Pôs o último nome porque é super caricato. Como é um meio pequeno, vamos encontrando com regularidade as pessoas. Um pouco como as freguesias mais pequeninas ou mais rurais. Aqui é difícil a solitude, acho eu. Talvez em zonas aceleradas, a solitude é algo mais frequente, a não ser que estejas numa casinha bem afastada de tudo, estava a lembrar-me de certas zonas na Costa Alentejana, mas também nem sei se é assim. Como também tenho bons momentos com essas pessoas, não me importo nada, até antes pelo contrário. Provavelmente vamos dar uma voltinha mais logo, mas aqui fica o registo de hoje. Em relação ao desenho foi feito sobre o colchão ao fim do dia e acho piada que o caderno que é molinho e sem suporte rígido por baixo faz com que as linhas também sejam assim mais moles e menos duras, um pouco como me sinto hoje, mas ainda fui sublinhar algumas zonas de forma a criar diferentes acentuações, ritmo. Eu para ser sincera, não olhei, ainda, bem para o desenho, mas pelo menos ficou-me essa ideia.

terça-feira, 7 de julho de 2020

Na Fajã das Almas, 7 de julho de 2020


Sara Rocha Silva, Na Fajã das Almas, 7 de julho de 2020

Hoje desmotivei-me um pouco com o desenho, apesar de ter gostado muito do dia. Ainda escrevi umas coisitas para passar um pouco mais do que se passava, queria preservar o momento, mesmo não o vivendo de novo, como um estímulo a uma memória futura. Falta cor e outras coisas talvez mais importantes. Às vezes é assim.


Rita no Portinho da Queimada, 6 de julho de 2020


Sara Rocha Silva, Rita no Portinho da Queimada Grande, 6 de julho de 2020

Hoje é o meu quinto dia em S. Jorge. Já fizemos um monte de coisas giras e experiências novas. Ontem foi um dia calminho de cú para o sol no Portinho da Queimada. Conheci pessoas muito fixes que nos receberam de braços abertos. Essa é a Rita. Foi logo no primeiro dia. É uma pessoa cheia de energia, professora e surfista. Apareceu ao fim do dia. Fico com a ideia que depois do trabalho muitas pessoas vão dar os seus mergulhos e descontrair. Em toda a ilha está presente uma vista maravilhosa. Vê se sempre outras ilhas e num instante pomo-nos lá. No dia anterior por exemplo fui a Graciosa e fiquei surpreendida com tudo o que tem. Havia quem dizia que se via em 1 hora, mas não. Fomos de manhã até ao fim do dia e nunca paramos. Bebi leite de burra que diziam que antigamente era usado para tratamento dos reumáticos, fiz festinhas num burrinho pequenino, toquei e estive ao lado da Cereja, uma égua enorme mas meiguinha que mete um respeito enorme, fiquei toda arrepiada mas foi uma sensação muito boa, porque lembrava me do perigo de poder-se assustar ou de sentir o nosso medo, estava com medo da imprevisibilidade sobretudo quando olhava para o seu olho gigante ou quando se mexia. Também toquei noutro solto que tinha já 18 anos, era velhinho, enquanto tocavam música num ambiente intimista, o que acho que me ajudou. Quem estava muito à vontade era o Xanax, um cãozinho malhado com focinho estreito. A viagem de barco de borracha também foi inesquecível. De manhã o mar parecia um lençol de prata com nuvens de algodão colorido e à noite vimos o por de sol no regresso. É engraçado também que de barco vemos uma grande quantidade de nuvens sobre a terra, são provenientes do calor do corpo, é algo normal mas que eu nunca tinha associado. Em fim não vou esticar me mais, se não nunca mais paro. Mas pronto fica esse registo aqui da Rita e do porto num dia de sol, num caderno improvisado da minha irmã Mariana. Um caderno onde a capa é propaganda de medicamentos lol é uma boa terapia.

sábado, 4 de julho de 2020

Oficinas singulares #01 | Eduardo Salavisa

Lamentamos o facto de o ínicio da live ter ficado sem som.
No inicio fizemos uma apresentação do projeto e do nosso convidado.
E hoje para iniciarmos estas oficinas temos o privilégio de conversar com um sketchers que nasceu, vive e trabalha em Lisboa. EDUARDO SALAVISA é licenciado em Design de Equipamento pela Faculdade de Belas Artes. Foi professor do ensino secundário. Desenha quotidianamente e em viagem no seu diário gráfico. É autor de livros sobre este tipo de desenho, e participa em exposições, conferências, cursos e encontros. Colabora regularmente em jornais. Gosta de viagens longas, sem itinerário marcado, de preferência pelo Sul e a desenhar obsessivamente. Já fez algumas.


_ Olá Eduardo, obrigada por ter aceite o convite para estar aqui connosco...
_ Quando é que o caderno se tornou indispensável para si??
(e o resto a live resgistou)

Site: www.diariografico.com
Blog: http://xn--dirio-grafico-4db.blogspot.com/
Instagram: @salavisaeduardo

Partilhamos aqui a conversa desta manhã, esperando o vosso apego ao desafio proposto.

Oficinas Singulares #1



Primeira Oficina Singular, com Eduardo Salavisa. 

Nos tempos em que vivemos, temos que nos adaptar, e isso a prof Alexandra fez muito bem! Pode não ser o mesmo, mas o lado positivo é que pude estar no sofá de pijamas a assistir, no computador, a live.

O desafio que foi proposto fica para postar mais tarde. 

Visita agradável | Diário Gráfico


Minha primas vieram visitar nos, foi tão bom. Já não as via à muito tempo, como elas cresceram. Enquanto as teenagers estavam a tirar fotos na golden hour, eu fiquei com a minha prima Guida. Um amor, não se importou que a desenhasse e ainda fez pose. E a blusinha dela, cheia de borboletas, foi uma coincidência bonita. Pena que ela pareça mais velha no meu desenho.