Não quis registar árvores, nem prendas, nem luzes, nem tantas outras coisas. Quis registar sim, memórias.
O desenho que fiz esta manhã, representa um envelope de guardanapo que um dia, a minha avó trouxe para casa, juntamente com montes de trapos bordados que estavam num baú à venda numa casa de chá em Lisboa. Lá dentro haviam trabalhos acabados e outros enxovais incompletos mas o detalhe das peças fez-me guardá-las a todas.
Esta é com motivos de azevinhos e como um pano delicado, deixei-o cair sobre a mesa de cozinha e representando-o sobre um fundo, vermelho sangue que representa a dor e ao mesmo tempo a libertação que este ano significou para mim.
Desejo a todos saúde e bons recomeços.
2 comentários:
Muito belo
Obrigada Sotero. um beijinho
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