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«Não se deve querer fazer uma vez mais aquilo que a Natureza já fez perfeito. Não se deve querer parecer verdadeiro pela imitação das coisas.»
George Braque in «Cahiers de G. Braque»

domingo, 11 de novembro de 2018

41º Encontro USkP Açores

POEMA DO CORAÇÃO
"Eu queria que o Amor estivesse realmente no coração,
e também a Bondade,
e a Sinceridade,
e tudo, e tudo o mais, tudo estivesse realmente no coração
Então poderia dizer-vos:
"Meus amados irmãos,
falo-vos do coração",
ou então:
"com o coração nas mãos".
Mas o meu coração é como o dos compêndios
Tem duas válvulas ( a tricúspide e a mitral)
e os seus compartimentos (duas aurículas e dois ventrículos).
O sangue a circular contrai-os e distende-os
segundo a obrigação das leis dos movimentos.
Por vezes acontece
ver-se um homem, sem querer, com os lábios apertados
e uma lâmina baça e agreste, que endurece
a luz nos olhos em bisel cortados.
Parece então que o coração estremece.
Mas não.
Sabe-se, e muito bem, com fundamento prático,
que esse vento que sopra e ateia os incêndios,
é coisa do simpático.
Vem tudo nos compêndios.
Então meninos!
Vamos à lição! 
Em quantas partes se divide o coração?"     
  António Gedeão



No dia Internacional dos Museus e dos Centros de Ciência a Expolab encheu-se de caras novas para desenhar em caderno. Começámos por identificar nos poemas de António Gedeão referências cientificas e desenhámo-las. Depois os, num ambiente animado, as experiências de Rómulo de Carvalho.

(Aguarela, esferográfica e grafite)                                                                                                          «in situ»

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