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«Não se deve querer fazer uma vez mais aquilo que a Natureza já fez perfeito. Não se deve querer parecer verdadeiro pela imitação das coisas.»
George Braque in «Cahiers de G. Braque»

terça-feira, 7 de julho de 2020

Rita no Portinho da Queimada, 6 de julho de 2020


Sara Rocha Silva, Rita no Portinho da Queimada Grande, 6 de julho de 2020

Hoje é o meu quinto dia em S. Jorge. Já fizemos um monte de coisas giras e experiências novas. Ontem foi um dia calminho de cú para o sol no Portinho da Queimada. Conheci pessoas muito fixes que nos receberam de braços abertos. Essa é a Rita. Foi logo no primeiro dia. É uma pessoa cheia de energia, professora e surfista. Apareceu ao fim do dia. Fico com a ideia que depois do trabalho muitas pessoas vão dar os seus mergulhos e descontrair. Em toda a ilha está presente uma vista maravilhosa. Vê se sempre outras ilhas e num instante pomo-nos lá. No dia anterior por exemplo fui a Graciosa e fiquei surpreendida com tudo o que tem. Havia quem dizia que se via em 1 hora, mas não. Fomos de manhã até ao fim do dia e nunca paramos. Bebi leite de burra que diziam que antigamente era usado para tratamento dos reumáticos, fiz festinhas num burrinho pequenino, toquei e estive ao lado da Cereja, uma égua enorme mas meiguinha que mete um respeito enorme, fiquei toda arrepiada mas foi uma sensação muito boa, porque lembrava me do perigo de poder-se assustar ou de sentir o nosso medo, estava com medo da imprevisibilidade sobretudo quando olhava para o seu olho gigante ou quando se mexia. Também toquei noutro solto que tinha já 18 anos, era velhinho, enquanto tocavam música num ambiente intimista, o que acho que me ajudou. Quem estava muito à vontade era o Xanax, um cãozinho malhado com focinho estreito. A viagem de barco de borracha também foi inesquecível. De manhã o mar parecia um lençol de prata com nuvens de algodão colorido e à noite vimos o por de sol no regresso. É engraçado também que de barco vemos uma grande quantidade de nuvens sobre a terra, são provenientes do calor do corpo, é algo normal mas que eu nunca tinha associado. Em fim não vou esticar me mais, se não nunca mais paro. Mas pronto fica esse registo aqui da Rita e do porto num dia de sol, num caderno improvisado da minha irmã Mariana. Um caderno onde a capa é propaganda de medicamentos lol é uma boa terapia.

2 comentários:

Alexandra Baptista disse...

E que belas férias estás a ter, São Jorge nos nossos cadernos, que maravilha.
Beijinhos para ti e bons mergulhos.

Sara Rocha Silva disse...

Para o ano és tu :) beijinhoss