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«Não se deve querer fazer uma vez mais aquilo que a Natureza já fez perfeito. Não se deve querer parecer verdadeiro pela imitação das coisas.»
George Braque in «Cahiers de G. Braque»

sábado, 22 de abril de 2023

Encontro da Igreja da Matriz, Lagoa

 


Encontro USKA, na Igreja da Matriz, Lagoa; 22 de abril de 2023 (sáb.)

Quando cheguei, atrasada uma hora, já tinha acabado a apresentação. A Anita contou-me me que conheceram os vários compartimentos e salas do edifício e que tinham referido o facto de ser o lugar onde surgiu a primeira igreja de todas em São Miguel. Não sabem se reconstruíram, no local, a actual igreja ou se a ampliaram. Eu mal entrei, senti logo o lado sagrado. Um sítio onde se reúnem pessoas movidas por crenças e devoção. Não costumo ir às igrejas, a não ser em ocasiões muito particulares. A casa do senhor. Não vou entrar em crenças e descrenças, contudo quando entro associo a uma aura. Hoje tivemos lá de uma forma muito diferente. No início tentava manter o silêncio por sinal de respeito, mas depois já estava mais à vontade, conversando nos bancos da frente próximo do altar. Prende me sempre os quadros e esculturas presentes nesses sítios, gosto de olhar para elas, ver as emoções figuradas. Parecem sempre muito humanas. Inicialmente desenhei o Cristo com a Cruz por causa disso penso eu. Parecia que era uma personagem e depois fui para fora, profanamente. No exterior desenhei a fachada. A verdade é que fui porque quis fumar depois do primeiro desenho, mas logo pensei estou aqui, vou desenhar-la. Frente à igreja tem uma vista maravilhosa. Não conhecia aquele lugar. Tem uma baía, onde o mar estava com grandes ondas, e na costa um jardim que de longe parecia que tinha um parque para crianças. Ao longo da mesma pode se percorrer tanto a pé como de carro. 

A rua que vai dar para a igreja tem árvores, ao longo dela que fazem um gênero de arco, e no fundo os romeiros pintados. Tenho quase a certeza que são do pintor Vítor Almeida. Casas de várias cores todas juntas umas às outras, sem jardins na frente delas, as típicas ruas micaelenses. 

Ainda, vi caras conhecidas do grupo. Convivi uma nica com a Anita, como dito acima. Ainda estou a conhecê-la. Revi a Professora, a Mestre e motivadora. O Pedro e a Cristina, casal que está sempre junto e que participa sempre que pode. E entre outras pessoas, ainda falei com a Anne. Nunca tinha estado com ela nos Urban. Só tinha falado uma vez com ela, devido ao trabalho, fora do grupo. Foi fixe também. 

Em fim, em geral, foi isso, num sábado de nevoeiro e chuva:

"Março - de manhã, focinho de cão; de tarde, sol de verão. Abril - águas mil", parafraseando com o meu pai, na ida para o encontro. Aqui fica um ditado popular dito por ele. 




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