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«Não se deve querer fazer uma vez mais aquilo que a Natureza já fez perfeito. Não se deve querer parecer verdadeiro pela imitação das coisas.»
George Braque in «Cahiers de G. Braque»

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Boletim - Março 2020

(a)Riscar o Património 7ªed. -“Património e Educação”| 61 Encontro Urban Sketchers Açores
26 de setembro Tecelagem "O Linho"

Realizou-se no passado dia 26 de setembro na Tecelagem “ O Linho “ na Lombinha da Maia, a 7ª edição do (a) Riscar o Património este ano subordinado ao tema “ Património e Educação “

Com o ar puro e fresco da costa Norte e com uma vista deslumbrante como pano de fundo, fomos amavelmente recebidos pela artesã D. Lurdes Lindo.

Fizeram também as “honras da casa “a representante do Museu Carlos Machado, Bruna Roque, e Alexandra Baptista como “anfitriã “dos Urban Sketchers Açores- São Miguel.

Um pequeno mundo de grandes vivências, muita arte e trabalho na Tecelagem “O Linho”.

Foi-nos feito um breve resumo sobre a história do linho. A cultura do linho na ilha remonta hà largos séculos. Já Gaspar Frutuoso nas suas crónicas relatava que antes do sec. XVII a costa norte era uma terra muito fértil em linho, em especial o mourisco.

Era usado na confeção de peças de vestuário e agasalho, bem como para utensílios de cozinha.

A D. Lurdes e o marido puseram mãos á obra e demonstraram como se trabalha com os teares. Uma verdadeira obra de arte. Linhas encruzilhadas, tons diferentes, desenhos imaginados pelos artistas fazem surgir peças maravilhosas.

Parece uma melodia o som dos pedais e das caixas que compõem os teares. Uma ginástica de braços e pernas, um trabalho árduo, mas compensador.

Um museu de peças, instrumentos e histórias.

Ao olhar uma peça destas não temos a noção do trabalho e tempo que são dispensados até atingir o produto final. D. Lurdes repetia várias vezes: “poucas pessoas percebem e valorizam o trabalho da tecelagem “.

Fica o convite para visitarem este lugar maravilhoso. Viver estas vivências, sentir o cheiro do linho e desfrutar de um regresso quase que a um passado que felizmente continua muito presente e com vontade de perdurar.

O Grupos dos USK , cumprindo todas as regras de segurança estava encantado. Por estarem juntos, por desenharem e por passarem para o papel para registo futuro todo o trabalho destes dois artesãos na costa norte desta ilha verde maravilhosa que se juntou aos participantes para “rabiscar” o desenho, em dia de (a) riscar o património.

Ana Cristina Arruda

 

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