Realizou-se no passado dia 26 de setembro na Tecelagem “ O Linho “ na Lombinha da Maia, a 7ª edição do (a) Riscar o Património este ano subordinado ao tema “ Património e Educação “
Com o
ar puro e fresco da costa Norte e com uma vista deslumbrante como pano de
fundo, fomos amavelmente recebidos pela artesã D. Lurdes Lindo.
Fizeram
também as “honras da casa “a representante do Museu Carlos Machado, Bruna
Roque, e Alexandra Baptista como “anfitriã “dos Urban Sketchers Açores- São
Miguel.
Um
pequeno mundo de grandes vivências, muita arte e trabalho na Tecelagem “O Linho”.
Foi-nos
feito um breve resumo sobre a história do linho. A cultura do linho na ilha
remonta hà largos séculos. Já Gaspar Frutuoso nas suas crónicas relatava que
antes do sec. XVII a costa norte era uma terra muito fértil em linho, em
especial o mourisco.
Era
usado na confeção de peças de vestuário e agasalho, bem como para utensílios de
cozinha.
A D.
Lurdes e o marido puseram mãos á obra e demonstraram como se trabalha com os
teares. Uma verdadeira obra de arte. Linhas encruzilhadas, tons diferentes,
desenhos imaginados pelos artistas fazem surgir peças maravilhosas.
Parece
uma melodia o som dos pedais e das caixas que compõem os teares. Uma ginástica
de braços e pernas, um trabalho árduo, mas compensador.
Um
museu de peças, instrumentos e histórias.
Ao
olhar uma peça destas não temos a noção do trabalho e tempo que são dispensados
até atingir o produto final. D. Lurdes repetia várias vezes: “poucas pessoas
percebem e valorizam o trabalho da tecelagem “.
Fica o
convite para visitarem este lugar maravilhoso. Viver estas vivências, sentir o
cheiro do linho e desfrutar de um regresso quase que a um passado que
felizmente continua muito presente e com vontade de perdurar.
O
Grupos dos USK , cumprindo todas as regras de segurança estava encantado. Por
estarem juntos, por desenharem e por passarem para o papel para registo futuro
todo o trabalho destes dois artesãos na costa norte desta ilha verde
maravilhosa que se juntou aos participantes para “rabiscar” o desenho, em dia
de (a) riscar o património.
Ana
Cristina Arruda
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